A preocupação com o desmatamento e a conversão no Brasil, especialmente na floresta Amazônica e no Cerrado, é urgente devido às funções críticas que esses biomas têm na regulação do clima, na preservação da biodiversidade e no fornecimento de serviços ecossistêmicos essenciais.
O impacto do desmatamento e da conversão da vegetação nativa vai além do meio ambiente, e apresenta ameaças legais, financeiras e reputacionais para todos os atores, incluindo financiadores, em toda a cadeia de fornecimento das empresas associadas a essas atividades.
Considerando este cenário crítico, o WWF-Brasil junto ao Instituto Latino-Americano para Justiça Coletiva (ILAJUC), produziu a publicação “Navegando os riscos do desmatamento e abraçando a sustentabilidade em investimentos brasileiros: um guia para investidores”. O objetivo é orientar investidores a realizar a devida diligência a respeito do desmatamento e da conversão.
A publicação contempla ainda uma versão prática com tópicos de verificação pré-financiamento “Um guia passo-a-passo para uma cadeia de fornecimento livre de desmatamentos e conversão”,
Para Jaciele Davi Neto, Analista de Conservação do WWF-Brasil “à medida que a ameaça à Amazônia continua e a crise de desmatamento avança no Cerrado, juntamente com o surgimento de requisitos obrigatórios da devida diligência para empresas em relação às práticas ambientais e de direitos humanos, os investidores devem priorizar e aplicar ativamente a devida diligência para garantir que as cadeias de suprimento estejam livres de desmatamento e conversão de terras. Este guia é especificamente projetado para ajudar os investidores a identificar, prevenir e mitigar os riscos associados às suas atividades de portfólio, protegendo assim tanto a integridade ambiental quanto seus interesses financeiros.”
O impacto do desmatamento e da conversão da vegetação nativa vai além do meio ambiente, e apresenta ameaças legais, financeiras e reputacionais para todos os atores.
Natalie Rosen, Pesquisadora Sênior do Instituto Latino Americano para Justiça Coletiva (ILAJUC), afirma: “diante do ainda persistente desmatamento e conversão da vegetação nativa, com atenção especial aos números crescentes no Cerrado, juntamente com as novas exigências de conformidade ambiental e social dos mercados, o setor financeiro tem uma oportunidade única de se posicionar como o protagonista na promoção da sustentabilidade, ou seja, a harmonização entre crescimento econômico, preservação ambiental e bem-estar social. Ao garantir que seus investimentos não contribuam para esses desafios, as instituições financeiras não apenas protegem o meio ambiente, mas também fortalecem suas próprias carteiras e reputações. ”
Fonte: WWF Brasil