A Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, foi palco do segundo e último dia de desfiles do Grupo Especial. Mais seis escolas entraram na avenida em busca do título de campeã do carnaval carioca.
Em destaque, os enredos que homenageiam personalidades e histórias da população afro-brasileira, como a cantora Alcione (Mangueira), o livro Um Defeito de Cor (Portela), o almirante negro João Cândido (Tuiuti) e divindades africanas (Viradouro).
Num raro contraste com a primeira noite, o grande destaque ficou por conta da sintonia no canto entre componentes e as arquibancadas da Sapucaí, o que já se viu nos ensaios técnicos.
Mocidade Independente de Padre Miguel
A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a primeira a escola a pisar na avenida embalada pelo samba que caiu nas graças do povo. Essa sintonia expressa no canto forte de componentes e arquibancadas foi grande protagonista do desfile que incendiou a avenida.
A Mocidade destacou-se nos quesitos bateria e com a apresentação magistral do casal de mestre-sala e porta-bandeira.
Exaltação ao caju de Luiz Inácio
A escola levou para a Avenida o enredo “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!”, desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira e que conta a história da genuína fruta brasileira, suas lendas e curiosidades. Desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira, o que se viu foi um envolvente e descontraído resgate da sensualidade do brasileira através do enredo sobre o Caju. O enredo foi organizado em 3 grandes setores:
Carne de Caju – Apresentou a fruta brasileiríssima, através do olhar da cultura e do imaginário coletivo.
Anarcadium Occidentale – Mostrou que o caju já era a fruta que alimentava os povos originários, antes mesmo das invasões estrangeiras.
Caju-Rei – Mostrou a esplendorosa natureza brasileira e o pé de caju como “rei” do chão forte, lendas e saberes.
Comissão de Frente
O coreoógrafo Paulo Pinna fez um belo trabalho e conseguiu desmistificar a ideia de que o Brasil é o país da Banana, como fez crer o show business com Carmen Miranda. “Eu quero um lote saboroso e carnudo” deu o recado na Avenida.
