Propiciar ao turista experiências marcantes deve ser o foco de qualquer empresa que decide atuar no setor de viagens de lazer. O segmento, cada vez mais decisivo na economia, vem registrando um crescimento anual de 30% ao ano e atualmente já responde por 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O Sebrae, reconhecendo o potencial dos pequenos negócios na cadeia do turismo para contribuírem com o desenvolvimento socioeconômico do país, vem investindo há dois anos na atuação dos Agentes de Roteiros Turísticos (ART). A ação tem contribuído para estimular o desenvolvimento dos Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) pelo Brasil, com o fortalecimento da governança e ampliação dos roteiros de viagem nos estados.
Os Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) são territórios turísticos sustentáveis e diferenciados que facilitam a interação e integração do turista com o destino, ofertando experiências memoráveis ao longo de toda a sua jornada. Até o momento, 200 agentes do Sebrae atuaram em 900 municípios de 20 estados, sendo responsáveis pela identificação e mapeamento de ofertas turísticas, capacitação e consultorias específicas, bem como desenvolvimento de produtos diversos.
Rotas
A estratégia marca presença no Fórum Panrotas 2024, um dos principais eventos corporativos do segmento de turismo, que acontece na capital paulista nesta terça (5) e quarta-feira (6). “Nossa intenção é apresentar as diversas rotas que estamos estruturando, por meio da rede de Agentes de Roteiros Turísticos, de forma que os canais de distribuição aqui presentes possam comercializá-las”, afirma Germana Magalhães, analista de competitividade do Sebrae Nacional.
Entre elas está a rota “Viva Veadeiros”, que inova ao explorar o apelo de bem-estar e saúde em um destino de ecoturismo já consolidado: a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. “Em parceria com o governo de Goiás, promovemos experiências turísticas conectadas com os locais e que atraem quem busca descanso e relaxamento através de retiros espirituais e terapias holísticas em meio à natureza”, explica Priscila Vilarinho, gestora estadual do Sebrae.
Ao explorar as potencialidades dos territórios, os ARTs fomentam as Indicações Geográficas e incentivam a cultura local, contribuindo para fortalecer pequenos produtores, destaca Daniela Corrêa, gestora de turismo do Sebrae Santa Catarina. Um exemplo é a linguiça Blumenau, que recentemente foi reconhecida como produto típico catarinense pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial. O embutido de origem artesanal alemã se une a outras sete Indicações Geográficas já reconhecidas no estado: o Vale da Uva Goethe, a Banana de Corupá, o Queijo Artesanal Serrano de Campos de Cima da Serra, o Mel de Melado da Bracatinga do Planalto Sul Brasileiro, a Maçã Fuji da Região de São Joaquim, a Erva-mate do Planalto Norte Catarinense e os Vinhos de Altitude.