Um estudo do Instituto Cidades Responsivas acendeu um alerta sobre a mobilidade urbana em Florianópolis. A capital de Santa Catarina apresenta o terceiro pior tempo de deslocamento para o trabalho entre oito capitais brasileiras analisadas, o pior desempenho se consideradas apenas as três capitais da Região Sul. Detalhe significativo: Florianópolis apresenta a tarifa mais cara dentre as capitais brasileiras.
A pesquisa, baseada no Indicador de Mobilidade Urbana, considerou o número de postos de trabalho acessíveis em até 45 minutos de transporte público a partir das residências.
Florianópolis obteve 0,19 de índice, entre 0 e 1 possíveis. Isso significa que há uma baixa conexão entre residências e oportunidades de emprego acessíveis por transporte público em até 45 minutos. Belo Horizonte, com índice de 0,36, apresentou o melhor resultado na pesquisa.
Transporte individual
Florianópolis apresentou 0,68 de índice no deslocamento através de automóveis. O dado é consideravelmente melhor do que o obtido com o transporte público, mas ainda está longe do aceitável para uma capital com pouco mais de 500 mil habitantes. O Sul da Ilha de Santa Catarina apresentou os piores índices para o deslocamento das pessoas para o local de trabalho.
Florianópolis foi a única capital de porte médio incluída nesta pesquisa do Instituto Cidades Resilientes. As demais cidades avaliadas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza.