Como dizia Mário Quintana: viajar é trocar a roupa da alma. O poetinha sintetizou o espírito regenerativo do que pode vir a ser o turismo de novo tipo, comprometido com a valorização das relações de troca afetivas, de respeito ao outro e ao lugar visitado, numa dimensão humanista e sustentável para além de rótulos e selos.
O Turismo de Base Comunitária é uma atividade que costuma gerar renda para quem trabalha nas com gastronomia, artesanato, cultura, pesca e transporte em comunidades tradicionais, tanto na zona rural quanto nas periferias das grandes cidades. Por isso, o Instituto Negralinda vai realizar de sexta-feira (29) a domingo, 1º de outubro, das 10h às 21h, o 1º Salão de Turismo de Base de Pernambuco. O evento ocorre no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda.
De acordo com as organizadoras, trata-se de uma iniciativa inovadora e que busca promover o turismo consciente e sustentável em comunidades tradicionais e ribeirinhas do estado.
Para a equipe do Negralinda, o Turismo de Base Comunitária é “uma poderosa alavanca para o desenvolvimento econômico de pequenas localidades, valorizando suas dimensões sociais e culturais únicas e proporcionando alternativas de desenvolvimento em comunidades que enfrentam desafios como dispersão populacional, falta de empregos e serviços locais”.
A programação do salão conta com diversas atividades, incluindo palestras sobre empreendedorismo colaborativo, aulas-show de gastronomia do mangue, oficinas de artesanato sustentável, vivências em roteiros comunitários e rodadas de negócios.
Cerca de 500 mulheres de comunidades tradicionais e ribeirinhas de 10 municípios de Pernambuco deverão participar do evento “conectando seus produtos e serviços de alto valor agregado com o público consumidor, ampliando a rede de empreendedorismo social e criativo em diversos territórios”.