A décima edição da Maratona Cultural de Florianópolis estabeleceu um novo marco na história do evento, solidificando sua posição como uma das maiores e mais importantes celebrações de arte e cultura no Brasil.
Espalhando a essência da criatividade e da expressão artística com mais de 400 ações, em mais de 80 endereços da capital catarinense, o evento atraiu cerca de 180 mil pessoas em três dias repletos de atividades, totalizando mais de 50 horas de programação inteiramente gratuita.
O evento deste ano prestou uma homenagem especial à artista catarinense Eli Heil, cuja obra foi celebrada em todo o material visual e reverenciada pelos artistas locais e nacionais. Estes últimos ressaltaram a importância de Heil no cenário artístico, enriquecendo ainda mais o caráter inspirador do evento.
A programação diversificada iniciou com força total com 60 mil pessoas explorando as atividades espalhadas pela cidade, já no primeiro dia. Na Arena Claro, por exemplo, 44 mil espectadores se reuniram para apreciar o sempre empolgante show da banda catarinense Dazaranha e da baiana Pitty.
“Dentre tantas novidades, a Arena Claro é um dos nossos legados para a cidade. Nunca aquela área havia sido usada para um evento deste porte. Era um espaço subutilizado e apostamos nele para abrir as portas para um local grande, acessível e seguro”, destaca Paula Borges, presidente do Instituto Maratona Cultural.
O segundo dia, aniversário de Florianópolis, destacou-se pela estreia do Palco Instrumental, muito bem recebido pelo público: Renato Borghetti, renomado gaiteiro, atraiu um público expressivo para o coração de Florianópolis com sua melodia gauchesca. A banda mineira Pato Fu capturou a imaginação de adultos e crianças no Arena Claro com seu show “Música de Brinquedo”, feito com versões de clássicos da música executadas com instrumentos infantis e com a participação especial dos bonecos do Grupo Giramundo. Na sequência, os goianos do Boogarins surpreenderam o público com o seu projeto especial em homenagem ao “Clube da Esquina”, fundado por Milton Nascimento e Lo Borges, na década de 60.
A Maratoninha Cultural – Espaço Engie foi um marco para o público infantil, oferecendo diversas atividades lúdicas e educativas para os pequenos e as famílias. O Museu Mundo Ovo, dedicado à obra de Eli Heil, atraiu grande interesse, com sessões de visitas guiadas esgotadas, onde o filho da artista José Pedro e o guia “manezinho”, Rodrigo Stupp, compartilharam histórias valiosos sobre a vida e a obra da homenageada.
No domingo (24), o encerramento da 10ª Maratona Cultural de Florianópolis foi com um line-up conduzido por mulheres no palco Eli Heil. Roda de Samba com o Choro Mulheril, Grupo Entre Elas e Maria Rita com o show “Samba de Maria”, emocionaram o público, com destaque para o momento no qual 26 mil vozes se uniram para cantar “O bêbado e a equilibrista”, um dos sucessos imortalizados por Elis Regina, mãe de Maria Rita. No mesmo horário, no teatro do CIC, o espetáculo franco-brasileiro “Enquanto você voava, eu criava raízes”, da Cia Dos a Deux proporcionou uma experiência ímpar àqueles que lotaram o teatro para prestigiar a apresentação.
Além da programação cultural, que é o coração do evento, a edição 2024 destacou-se com a inclusão de ações de sustentabilidade, com informações educativas sobre separação de resíduos e sua destinação correta, ação esta, feita ao vivo, enquanto o público aproveitava as atrações da Arena Claro. Além disso, o evento ainda instalou contentores em seus principais palcos e adotou embalagens compostáveis na área de alimentação. “Demos um passo importante também neste quesito, que é o fortalecimento da importância de realizar eventos cada vez mais limpos e sustentáveis. Os números ainda estão sendo processados, mas só de vidro a Maratona evitou que mais de meia tonelada fosse parar no aterro sanitário e pudemos ver, ao final de cada dia, uma arena limpa e sem resíduos descartados incorretamente”, destaca Paula Borges. As ações de sustentabilidade não se encerraram nos dias de atividades: agora, na fase de desmontagem, todas as lonas utilizadas nos palcos e na comunicação do evento serão transformadas em bancos, em uma ação em parceria com a Eco Local Brasil.
“Esta décima edição não só honrou a rica diversidade cultural de Florianópolis, mas também serviu como um lembrete vibrante do poder unificador da arte. Ao homenagear Eli Heil, reafirmamos nosso compromisso com a celebração da identidade cultural brasileira, principalmente catarinense, e com a promoção da acessibilidade artística para todos”, finaliza Paula Borges.
A Maratona Cultural de Florianópolis é uma realização do Instituto Maratona Cultural