O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou nesta segunda-feira (17) a importância do cooperativismo como caminho para agregar valor ao produto e aumentar a renda.
O Brasil tem 19.300 cooperados, que movimentaram cerca de R$ 600 bilhões no ano passado. Ele participou da abertura do workshop internacional “Cooperativas pelo desenvolvimento sustentável”, promovido pela Organização das Cooperativas do Brasil e o Departamento de Relações Econômicas e Sociais da ONU.
Para Alckmin, o cooperativismo tem se mostrado cada vez mais importante para o Brasil. “Se já era importante um século atrás, hoje ele é muito mais importante. Porque o que nós assistimos no mundo é um mundo mais rico e desigual. É uma realidade mundial. Só tem um caminho para que o pequeno possa sobreviver, ter escala, competir, ter suporte de apoio, alcançar novos mercados, é através do associativismo e do cooperativismo”, ressaltou.
As cooperativas exportaram cerca de US$ 8,6 bilhões, em 2022, 18,4% a mais do que em 2021. Do total, 73,5% das exportações de cooperativas em 2022 foram de produtos da indústria de transformação e 26% foram produtos da agropecuária.
Desenvolvimento Sustentável
Na abertura do evento em alusão ao Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado no primeiro sábado de julho, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas, destacou o impacto das cooperativas para o desenvolvimento sustentável no sentido social, ambiental e econômico. “A grade diferença do cooperativismo é que a gente não gera só desenvolvimento econômico, mas prosperidade. Além do desenvolvimento de cada indivíduo, ele gera desenvolvimento para toda comunidade que está inserido”, explicou.
No mundo, o cooperativismo gera 250 milhões de empregos e envolve um bilhão de pessoas. Se as 300 maiores cooperativas do mundo fossem um país, seriam a nona economia do mundo.
A ministra substituta das Relações Exteriores, Maria Laura Rocha, destacou a força do cooperativismo para a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, que será avaliada em setembro, em reunião de cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “O Brasil reconhece e valoriza a contribuição do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do país. Sua capacidade de geração de empregos e, consequentemente, o apoio a esforços para a redução das desigualdades são significativos e reconhecidos internamente e por organização internacionais”, afirmou.
Já o ponto focal da ONU para o Cooperativismo, Andrew Allimadi, destacou que o Brasil tem muito a ensinar ao mundo sobre essa atividade, a exemplo do cooperativismo na área da saúde e de crédito. “As cooperativas têm como essência apoiar as comunidades locais, para que tenha sustentabilidade dentro da comunidade e, também, promova a prosperidade. E o Brasil pode ajudar vários países com a sua experiência”, salientou.
O evento segue até quarta-feira (19), com representantes de 21 países, no Palácio do Itamaraty.