Por: Ana Paula Koch de Bona
Capacitismo nada mais é do que o preconceito relacionado a pessoas com deficiência.
O termo nasce da ideia (errônea) de que corpos dentro do padrão, ou seja, sem deficiência possuem mais capacidade e por isso possuem mais valor na nossa sociedade capitalista, devendo os corpos fora do padrão de “normalidade” serem excluídos.
Tanto é assim que, dentro do universo das deficiências, corpos mais próximos do padrão, ou seja com lesões e deformidades menos aparentes, são menos passíveis de sofrerem capacitismo.
Ele pode ser demonstrado de forma explícita, supervalorizando ou diminuindo a pessoa com deficiência, ou velada, esta última relacionada à ideia de pena.
A expressão “exemplo de superação” é a forma mais clássica de capacitismo já que, muitas vezes, é usada exatamente para eximir a sociedade de ser inclusiva, colocando na pessoa com deficiência a responsabilidade de passar por cima de todo o tipo de capacitismo e, assim, pessoas sem deficiência supervalorizam qualquer atividade corriqueira que se faça. Também é exemplo de capacitismo a ideia que toda PCD tem como maior sonho “curar” a deficiência quando, na verdade, possuímos diversos como qualquer pessoa.
Vamos juntos construir uma sociedade anticapacitista?
- Ana Paula é bacharel em Direito pelo Cesusc e ativista PCD na cidade de Florianópolis
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