A construção civil é um setor dinâmico e em constante evolução. Com o avanço da tecnologia e a crescente preocupação com a sustentabilidade, novas tendências estão surgindo para transformar a indústria.
Hoje, consumidores e construtores buscam por projetos que envolvam preservação do meio ambiente, impacto positivo nas regiões onde estão inseridos e foco no bem-estar, questões que não são apenas tendência para 2024, mas uma preocupação constante com o legado que se deixará para as futuras gerações.
As projeções para o próximo ano também são otimistas para o setor. Conforme dados do SindusCon-SP, a expectativa é de crescimento de 2,9% para a construção civil do Brasil.
Segundo Vinícius Cruz, CEO do grupo CBA, controlador da Viva Corp, empresa especializada em projetos de residenciais no estilo resort, “Investimos em tecnologia, inovação e constante aprimoramento dos nossos serviços e equipe para alinhar o conforto para os nossos clientes ao menor impacto ambiental possível”, destaca.
Seguindo estas características, estão em andamento a construção de três condomínios “estilo resort” nos municípios de São José (SC) e Santa Cruz do Sul (RS), que estarão disponíveis para aquisição pelo programa Minha Casa Minha Vida. Desta forma, o conceito wellness se torna acessível a mais faixas de público, não se restringindo ao mercado de luxo.
Arquitetura biofílica
Outra tendência que permanece em 2024 é a arquitetura biofílica, um movimento que vem transformando espaços urbanos em ambientes vivos e harmoniosos. Essa abordagem arquitetônica busca estabelecer uma conexão profunda entre as construções e a natureza, incorporando elementos como luz natural, vegetação, água e materiais orgânicos. A arquitetura biofílica não somente cria espaços esteticamente atraentes, mas também promove a saúde mental, física e emocional dos moradores, oferecendo ambientes mais saudáveis, produtivos e inspiradores.
O uso de técnicas e conceitos biofílicos reinventa a maneira como se interage com os ambientes construídos, buscando integração entre o ser humano e a natureza na paisagem urbana. Acompanhando este movimento, o grupo CBA deve lançar em breve um empreendimento imobiliário no centro de Florianópolis assinado pelo arquiteto Leo Maia, reconhecido nacionalmente por projetos com design biofílico e espaços wellness.
“Leo coloca as pessoas no centro de seus projetos. Para este residencial, ele vai trazer elementos naturais aos espaços construídos, usando plantas e formas sólidas e puras, trazendo uma modernidade contemporânea”, destaca o CEO da companhia.
Redução do impacto ambiental
Os projetos do grupo CBA priorizam a redução de impacto ao meio ambiente, com ações como a redução do consumo de energia elétrica, com a instalação de amplas aberturas, por exemplo, que permitem maior tempo de iluminação natural e ventilação cruzada, o que torna a temperatura ambiente agradável o ano inteiro. A construção dos residenciais também envolve melhorias para os moradores do entorno. No bairro de Jurerê Internacional, em Florianópolis, a incorporadora revitalizou uma passagem de pedestres, implantando ainda áreas de descanso para uso público.
Entre outras medidas para reduzir o impacto ambiental da construção civil estão:
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Reuso de água da chuva: além de reduzir o desperdício de água, diminui a pegada de carbono associada ao tratamento e distribuição de água potável;
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Telhados verdes: obras com telhado verde utilizam terra e plantas sobre a cobertura dos imóveis. O objetivo é trazer mais qualidade de vida para os moradores, além de contribuir para a composição de estruturas mais sustentáveis. “Os telhados verdes têm menos oscilação térmica, uma economia de energia, uma redução de cerca de 20% nos custos de energia com refrigeração, oriundos da utilização de ar-condicionado e ventilador, por exemplo”, explica Cruz.
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Placas de energia solar: a energia solar é uma fonte de energia renovável e limpa, pois utiliza a luz do sol, para gerar eletricidade, o que reduz a dependência de combustíveis fósseis. Além disso, não emite gases de efeito estufa, contribuindo significativamente para a redução das emissões de carbono. O uso da energia solar também permite que residências e empresas se tornem mais autossuficientes, reduzindo a dependência de redes elétricas centralizadas, e a instalação de painéis solares possui um baixo impacto ambiental em comparação à construção de usinas de energia convencionais.
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A utilização de materiais e tecnologias de ponta também contribui para a melhoria da qualidade dos projetos, tornando-os mais duráveis e confortáveis. As tendências da construção civil para 2024 apontam para um futuro mais sustentável, eficiente e tecnológico para o setor.