Embora tenha crescido exponencialmente nos últimos anos, o mundo dos eSports ainda enfrenta desafios significativos em relação à diversidade e à inclusão. Esse foi o tema do painel: Game + Diversidade: Inclusão e cultura Gamer no segundo dia do Rio2C.
Participaram do evento Samira Close, maior produtora de conteúdo gamer LGBTQIAP+ do Brasil, e Maah Lopez, primeira mulher preta e LBGTQIAP+ a ser caster de um campeonato oficial. A moderação foi de Barbara Gutierrez, especialista em games e esports.
As palestrantes compartilharam experiências pessoais e profissionais, ressaltando a importância da representatividade em suas trajetórias. “Minha mensagem é para que todos sejam agentes de mudança e não tenham medo de lutar por um mercado mais inclusivo e diverso. Acreditem no seu talento e no poder da representatividade”, afirmou Maah Lopez.
Elas discutiram a necessidade de olhar além das tradicionais “minorias” e reconhecer a diversidade existente no Brasil. Samira Close pontuou: “É importante destacar que a indústria de games é uma das que mais cresce no mundo e é um mercado bilionário. Ao incluir a diversidade e tratar todos os grupos de forma igualitária, estamos falando de um potencial ainda maior de crescimento e de um público que se sentirá mais representado e acolhido.”
O papel das empresas do setor também foi abordado. Barbara Gutierrez destacou a importância do engajamento das empresas no movimento de inclusão e diversidade, pois a contratação de profissionais com diferentes origens e habilidades enriquece o ambiente de trabalho e gera produtos e experiências mais inclusivas.
“As empresas que buscam entrar no mercado, seja o de games ou outros, devem considerar a pluralidade desde o início”, avaliou Samira Close (Foto). Ter as ferramentas adequadas para um trabalho inclusivo pode fazer a diferença na atração de parceiros e na construção de uma marca sólida.
Em resumo, o painel evidenciou a relevância da diversidade e da inclusão na indústria dos games e eSports, mostrando que ainda há muito trabalho a ser feito para tornar o universo dos games um ambiente verdadeiramente diverso e inclusivo.
As palestrantes enfatizaram a importância de todos serem agentes de mudança na cultura gamer, colaborando para construir um futuro mais inclusivo e acolhedor para todos no setor, combatendo a proliferação do discurso de ódio e células neofascistas que se aproveitam do universo gamer. Trata-se de uma responsabilidade das empresas e dos consumidores.
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