Em breve, todos os órgãos públicos serão obrigados a garantir condições de acessibilidade a todos os cidadãos, oferecendo a pessoas com deficiência recursos de tecnologia assistiva ou profissionais com habilitação em Libras e Braile. A proposta (Projeto de Lei 708/23) altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência e está sendo analisada pela Câmara dos Deputados.
O texto também inclui no Estatuto, como diretriz para a inclusão competitiva da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, o apoio a empregadores e a capacitação de recursos humanos para superar barreiras, inclusive atitudinais.
“A medida tem o duplo objetivo de melhorar o acesso das pessoas com deficiência aos serviços públicos bem como sua integração em seus ambientes de trabalho”, diz ao autor deputado Márcio Honaiser (PDT-MA).
Mobilidade
Segundo ele, em 2017, pouco mais 11% dos municípios brasileiros possuíam sua frota de ônibus totalmente adaptada para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Quando o assunto é o acesso à informação, em 2020, apenas 0,74% dos sites brasileiros eram acessíveis a pessoas com deficiência.
“Não basta a consagração legal de que a pessoa com deficiência é um sujeito de direitos, com garantia de acesso a atendimento prioritário, direito à habilitação e à reabilitação, à atenção integral à saúde, a modelos de educação inclusiva, à moradia digna, ao trabalho, à cultura, ao esporte, ao turismo, ao lazer e à mobilidade, entrou outros, se esses direitos não são efetivamente usufruídos.”
De acordo com o Censo de 2010, cerca de ¼ da população brasileira declarou ter algum tipo de deficiência.
Fonte: Agência de Notícias da Câmara dos Deputados