Em meio a um mundo em transformação constante, intensifica-se a busca por soluções para o maior de todos os problemas da nossa civilização: uma fonte de energia de baixo carbono.
O lançamento da plataforma BxC pretende ser a contribuição da Academia, como catalisadora do ecossistema de tecnologias de baixo carbono. Estamos longe de uma situação de fácil equação. A transição energética tem sido debatida em diferentes fóruns, muito direcionado para o setor elétrico. No entanto, uma das questões centrais é saber quais as soluções que parecem mais promissoras para o Brasil e quais as linhas de incentivo.
Por outro lado, a construção civil, a indústria de viagens e o comércio internacional, cuja transição energética não passa exatamente pela eletrificação, a solução está no hidrogênio.
Para Mauricio Tolmasquim, diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, “é a eletrificação que vai permitir a descarbonização. Mas uma parte dessas emissões de consumo de energia que não tem como serem substituídas pela energia elétrica, como siderurgia, cimento, refino, transporte aéreo, marítimo, transporte de carga de longa distância. A peça central para esses setores é o hidrogênio. Não estou falando do combustível que Julio Verne previu há mais de 150 anos em seu romance – “A Ilha Misteriosa” . Verne disse que esta seria a “civilização do hidrogênio” porque o petróleo seria substituído pelo hidrogênio. Não é tanto assim. Mas o hidrogênio não terá um papel menor: ele é o último elo que vai permitir a descarbonização total. Sem ele, não se chega a net zero”, disse.