Pensar estratégias para conservação ambiental e ao mesmo tempo gerar emprego e renda para quem vive em área de floresta. Esta foi a diretriz estabelecida pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires.
Como uma das pastas responsáveis pelo Programa Bolsa Verde, junto aos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o MDS sugeriu ao ICMBio a contratação de famílias em situação de vulnerabilidade para trabalhar com florestas produtivas em áreas degradadas.
“Nós podemos pensar em implantar novas florestas produtivas, florestas que depois de crescidas, além de cumprirem suas funções em cada bioma, possam garantir condições de produção. Queremos que o Brasil consiga garantir um saldo positivo no balanço florestal e cumpra com maior velocidade as metas contra as mudanças climáticas”, comentou o ministro Wellington Dias.
O presidente do ICMBio explicou que o plantio de árvores contribui para evitar a degradação e recuperar áreas desmatadas, e ainda pode ser um ativo econômico, medidas previstas no Programa Bolsa Verde, retomado no último mês pelo Governo Federal.
“Com esta iniciativa, nós enfrentaremos o problema ambiental, mas também cuidaremos do social e da segurança alimentar. É uma ideia interessante e vamos trabalhar para implementar essa parceria”, garantiu Mauro Pires.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é responsável por gerir, proteger, monitorar e fiscalizar as 335 Unidades de Conservação Federais (UC) existentes em todo o país. Além disso, o ICMBio integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), formado por entidades públicas federais, estaduais, municipais e distritais, além de órgãos não governamentais que possuem a responsabilidade de promover um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Bolsa Verde
Criado em 2011, o Programa Bolsa Verde foi interrompido nos últimos anos e retomado no mês de agosto de 2023. A iniciativa beneficia as famílias com o repasse de recursos para promover o desenvolvimento sustentável, combatendo a pobreza e ao mesmo tempo recuperando áreas degradadas e incentivando a conservação ambiental. Para fazer parte do programa, a família deve estar inscrita no Cadastro Único. Elas recebem um incentivo para a produção sustentável no valor de R$ 600, pago trimestralmente.