O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lança, às 15h desta terça-feira (19), o site e aplicativo Celular Seguro. A ação tem o objetivo de combater roubos e furtos de telefones celulares em todo o país. Com a iniciativa, a vítima desses crimes poderá bloquear o aparelho, a linha telefônica e os aplicativos bancários em poucos cliques.
A ferramenta estará disponível na internet, além de aplicativos para Android e iOS. O registro do usuário será feito com a mesma conta utilizada no gov.br. Cada pessoa cadastrada no Celular Seguro poderá indicar pessoas de confiança, que poderão efetuar os bloqueios da linha telefônica, caso o titular tenha o celular roubado ou furtado.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), instituições financeiras e entidades privadas são parceiras da ação.
Segundo Ricardo Capelli, Secretário-Executivo do MJSP, o aplicativo também vai bloquear SMS e outros aplicativos “com um só clique”.
Na segunda-feira, 18, Capelli postou em sua rede social uma foto da reunião realizada com representantes da Anatel e Febraban sobre os últimos ajustes para o lançamento da ferramenta. No texto, explica que a solução bloqueia o IMEI dos aparelhos roubados, impedindo o seu uso.
Ricardo Cappelli escreveu, ainda, sobre os desafios da segurança pública do século XXI:
“Bloquear as conexões com rapidez – dos celulares roubados aos aparelhos utilizados nas penitenciárias –, seguir o dinheiro, atuar com inteligência, planejamento e visão estratégica utilizando as melhores ferramentas tecnológicas. Esta é a segurança pública do século XXI.”
Epidemia de roubos e furtos
Há uma epidemia de roubos e furtos de celulares que se agrava cada vez mais no Brasil. O país registrou 508,3 mil roubos e 490,8 mil furtos de celulares no ano passado, totalizando quase 1 milhão de ocorrências. Isso significa um aumento de 16,6% na comparação com 2021.
As informações constam no 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no mês passado. Como a pesquisa só leva em consideração dados oficiais registrados pelas secretarias estaduais de segurança pública, podemos considerar que o número real seja maior.