O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) deixou de publicar os relatórios de balneabilidade das praias no litoral de Santa Catarina. A interrupção da coleta dos dados acontece desde o último dia 17 de janeiro, “em função das recentes chuvas que atingiram diversos pontos do litoral catarinense, com precipitações superiores a 250 mm em algumas localidades, e os consequentes danos materiais em balneários, rodovias, desmoronamentos de barreiras e movimentação hídrica que carreou detritos ao mar”, segundo nota oficial do IMA.
Acontece que esse volume de detritos carreados para o mar após as enxurradas responde diretamente pelo aumento da contaminação das águas, colocando em risco a saúde de milhares de banhistas durante a temporada de verão.
A omissão dessa informação oficial tem sido questionada nas redes sociais, cuja repercussão, chegou até a Assembleia Legislativa. Fazendo uso das suas redes, o deputado Marcos José de Abreu, o Marquito (Psol), anuncia gestões junto ao IMA e a Vigilância Sanitária para que retomem imediatamente a coleta regular de amostras e voltem a divulgar os relatórios de balneabilidade, inclusive durante as chuvas.
Os dados mais recentes de balneabilidade foram divulgados no dia 16, um hiato considerado temerário por especialistas escutados pela reportagem, levando em conta a boa condição do tempo durante boa parte dos últimos dias, e que tem levado muitos veranistas para as praias do litoral catarinense.
“Segundo o Instituto do Meio Ambiente (IMA), responsável pela fiscalização, o adiamento das análises ocorre porque a chuva carregou detritos para o mar. Mas é justamente por causa disso que os relatórios de balneabilidade precisam continuar acontecendo. A mudança dos níveis precisa ser comunicada para a população. Faremos um ofício para o IMA, a Vigilância Sanitária pedindo que as coletas sejam feitas para que a população seja informada sobre a qualidade da água.”, conclui o deputado.
O IMA anuncia que o serviço de coleta dos dados voltará à normalidade nesta segunda-feira, 27, assim como, a emissão e a divulgação dos relatórios atualizados.
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