A bem-sucedida expansão da Expo Favela por alguns estados do Brasil, a feira de negócios que une investidores e empreendedores de favela deve ganhar pelo menos mais três versões internacionais. Essa é mais uma ideia arrojada do sociólogo e CEO da Favela Holding, Celso Athayde.
Durante o Cannes Lions, Celso Athayde, que também é o fundador da Central Única das Favelas (Cufa), anunciou novas edições do evento em Paris, Nova York e Lisboa. A holding também lança uma nova empresa, a Favela Code, que vai formar pessoas de favela em programação.
As novidades fazem parte do relançamento da Cufa Global, que existe desde 2015 e está presente em seis países além do Brasil. Para o fundador da Cufa, esse é um momento mais estratégico para a atuação em outros espaços. “Se os problemas são globais, as soluções também podem ser”, afirmou Athayde.
O movimento também inclui o lançamento internacional da Digital Favela, ecossistema de influenciadores que no Brasil já reúne mais de cem clientes.
Ao lado de Sergio Gordinho, co-presidente e CCO da Agência Africa, Celso Athayde destacou a dificuldade das companhias de estabelecerem uma conexão com o público das favelas e comunidades. “A favela não quer ser mais catequizada pelas marcas. Elas querem a melhor versão delas mesmas”, explica o presidente da Favela Holding.
“O que eu tenho feito é como as marcas interagem com credibilidade e em parceria com essas pessoas”, apontou Athayde sobre seu trabalho com as empresas. Ele também destacou a distância entre quem lidera as companhias e agências e sua ambição de atrair novos públicos. “Pessoas muito bem formadas, mas sem informação sobre o espaço em que elas querem estar”, disse.
Crédito: Celso Athayde – Divulgação