A Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo (Sempe) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) realizou na terça-feira (13/6) o 1º Encontro Nacional de Coordenadores e Coordenadoras Estaduais de Artesanato. O objetivo da reunião foi debater com as representações regionais as diretrizes da nova política do artesanato brasileiro.
Participaram do encontro representantes de 22 estados. As coordenações são ligadas aos governos estaduais, dentro da estrutura do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB). O PAB existe desde os anos 90 e agora passa por um processo de reformulação, incluindo um novo modelo da governança, com maior participação das coordenações regionais nos debates e nas decisões.
Na abertura do encontro, o secretário Milton Coelho, titular da Sempe, destacou os esforços do governo para ampliação das políticas públicas em favor dos pequenos empreendedores.
“Sabemos que as principais dificuldades são para conseguir recursos e colocar seus produtos no mercado. E nós aqui trabalhamos de forma integrada para resolver essas questões e construir uma boa política de apoio e fomento aos artesãos”, afirmou.
Na sequência, a diretora de Artesanato e MEI da Sempe, Raissa Rossiter, fez uma apresentação com o panorama geral dos objetivos da nova política do artesanato. Ela lembrou aos participantes que o plano é “uma obra em construção”, cujo objetivo é colocar o artesanato brasileiro em um patamar mais elevado, ajudando a transformar a vida das pessoas.
“Este é o momento de reformular, de repensar o futuro, o momento de sonhar”, disse ela.
Raissa insistiu, junto aos coordenadores estaduais, na importância de ampliação da rede de artesãos e artesãs registrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab) – banco de dados que oferece o retrato mais completo da atividade no país.
É a partir do registro no Sicab, por exemplo, que a pessoa consegue obter a carteira nacional da atividade artesã. Hoje, são pouco mais de 200 mil cadastrados. “Precisamos ir além, chegar até os municípios, conservar mais com quem está na ponta”, ressaltou.
A ampliação do alcance é um dos principais objetivos da nova política, explicou Raíssa. Os outros são: fortalecer a participação social; posicionar estrategicamente a marca “artesanato do Brasil”; e aperfeiçoar a gestão das políticas públicas para o segmento.
O encontro desta terça foi preparativo para a Oficina de Planejamento Estratégico do Artesanato Brasileiro, que acontecerá entre 29 de julho e 1º de agosto em Brasília.