As ministras Marina Silva e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) participaram nos últimos dois dias, em Letícia, na Colômbia, da Reunião Técnico-Científica da Amazônia, evento preparatório da Cúpula de Belém, que vai reunir chefes de Estado dos oito países amazônicos em agosto, no Pará.
“É o mapa do caminho para Belém”, disse Marina em entrevista coletiva após plenária com a participação do presidente Lula e do presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Em discurso, Lula defendeu a união dos países amazônicos.
Ele reiterou a meta do governo brasileiro de zerar o desmatamento até 2030 e disse que “esse é um compromisso que os países amazônicos podem assumir juntos na Cúpula de Belém”, citando a retomada do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e a queda de 33,6% dos alertas de desmatamento no primeiro semestre.
No sábado pela manhã, Marina teve encontro bilateral com a ministra colombiana, Susana Muhamad, e participou de reunião com seis ministros e ministras de meio ambiente da região (Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Venezuela e Suriname). Na sexta, teve encontros bilaterais com a ministra peruana, Albina Ruiz, e o comissário de meio ambiente da União Europeia, Virginijus Sinkevičius, convidado do governo colombiano para a reunião.
A ministra brasileira também recebeu de representantes de organizações não-governamentais e do Banco Mundial um relatório com os resultados de seminário sobre bioeconomia realizado no Pará.
Em Letícia, as propostas foram discutidas por representantes dos oito países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Brasil, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Venezuela, Suriname e Guiana.
A Cúpula de Belém será a primeira reunião de presidentes dos países amazônicos em 14 anos. O Tratado de Cooperação Amazônica foi assinado em 1978, e houve cúpulas de chefes de Estado da região em 1989, 1992 e 2009. A de Belém será a quarta.