A neoindustrialização foi um dos assuntos do encontro realizado nesta sexta (14/7), em Brasília, entre técnicos e autoridades do Brasil e do Japão.
Representando o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, a secretária de Comércio Exterior (Secex), Tatiana Prazeres, apresentou ao vice-ministro do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão (METI, na sigla em inglês), Ryuji Satori, os temas de interesse para cooperação bilateral.
Durante a reunião, os japoneses conheceram as oportunidades nos segmentos de combustível verde para aviação civil, hidrogênio verde, transformação digital, chips e semicondutores. Outras áreas de interesse são descarbonização, melhoria do ambiente de negócios, fortalecimento do comércio bilateral, temas relacionados à Organização Mundial do Comércio (OMC) e propriedade intelectual (patentes).
Ainda este ano, será realizada no Brasil a 15ª reunião do Comitê Conjunto Brasil-Japão sobre Promoção do Comércio, Investimentos e Cooperação Industrial (MDIC-METI). A agenda e a data ainda estão sendo definidas.
Trocas comerciais
O Japão está hoje entre os 10 principais parceiros comerciais do Brasil. Em todo o ano passado e no primeiro semestre deste ano, o mercado japonês foi o 9º maior destino das nossas exportações, e a 10ª maior origem das nossas importações.
A pauta de vendas externas brasileiras para o Japão é composta, em quase 50%, por produtos da indústria de transformação.
Investimentos
Além disso, o Japão é um dos principais investidores estrangeiros no Brasil, ocupando a 9ª posição, com um estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) equivalente a US$ 21,4 bilhões, ou 3% do total recebido pelo Brasil até 2021, segundo o Banco Central.
Os dados do Banco Central revelam, ainda, que grande parte do IED japonês no Brasil concentra-se no setor de indústrias de transformação. Entre essas empresas estão grandes montadoras e fornecedoras de peças automotivas.