Agarradinho na mãe, o fofo filhote de Bugio-preto tem chamado a atenção de quem visita o Bioparque Zoo Pomerode. O pequeno completou os seus primeiros seis meses de vida e é considerado uma vitória para a conservação da espécie, principalmente porque nos últimos anos, animais em seus ambientes naturais sofreram com registros de morte por febre amarela, chegando a mais de 600 casos registrados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).
“Doenças como a febra amarela reduziram muito a população de bugios que também estão ameaçados devido à perda de habitat por ações do ser humano como construção em áreas de matas, agricultura, queimadas, caça, entre outros”, explica a bióloga educadora, Jenifer Kroth.
Desde seus primeiros momentos de vida, o pequeno Bugio-preto está sob os cuidados da mãe junto ao próprio grupo de Bugios-pretos e com monitoramento constante da equipe de biólogos e veterinários do Bioparque Zoo Pomerode. Sua principal fonte de alimentação é a amamentação, mas ele já vem provando frutas, folhas e ração.
“Como o filhote está saudável e com acolhimento da própria espécie, avaliamos seus comportamentos com a menor interferência para que aprenda a se alimentar e possa viver em harmonia com o grupo”, conta.
Por isso, o pequeno e a mãe também compartilham o grande espaço com outras espécies como Tamanduá-bandeira onde podem interagir e desenvolver seus instintos. “A manutenção dos comportamentos naturais é fundamental para a eles e a sua reprodução”, acrescenta Jenifer.
E completou um ano do nascimento do Tamanduá-bandeira
E equipe do Zoo Pomerode tem mais um motivo para comemorar já que em novembro completa um ano do nascimento do Tamanduá-bandeira, no Bioparque, espécie que também integra o programa de conservação.
O filhote, que nasceu prematuro, precisou receber atendimento 24 horas por dia pelos biólogos e veterinários em habitat isolado, já que a mãe não deu os cuidados necessários.
No início, ele era alimentado com mamadeira a cada duas horas, inclusive à noite e a alimentação era feita quatro vezes ao dia. Conforme ele cresceu, aprendeu a se alimentar sozinho e hoje, já adaptado, vive em um ambiente misto na companhia do seu pai e algumas aves.
“O Tamanduá-bandeira está classificado como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Sem o programa de cuidado da espécie infelizmente está ameaçado. Mas aqui, recebe tudo que precisa para que possa se desenvolver de forma natural, ajudando assim a salvar essa espécie da extinção”, explica a bióloga educadora do Bioparque Zoo Pomerode, Geórgia Backes.