Caros leitores,
Meu nome é Ana Paula Koch De Bona, tenho 35 anos, bacharel em Direito e sou mulher com deficiência em razão de uma má-formação na coluna vertebral durante a gestação de minha mãe, denominada mielomeningocele (popularmente conhecida como “espinha bífida”), que acarretou algumas sequelas, dentre elas a paraplegia.
Estou honrada com o convite para ocupar esse espaço, quinzenalmente. Vou falar um pouquinho sobre o universo das pessoas com deficiência, um assunto que amo debater!
Inicialmente, é importante destacar que o termo correto para se referir a uma pessoa que possui deficiência – seja ela física, sensorial ou intelectual – é PESSOA COM DEFICIÊNCIA, assim definido pela ONU em 2006, na Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, fruto de uma construção social e um avanço, porque tem a finalidade de demonstrar que a deficiência é apenas mais uma característica do indivíduo, não sendo necessariamente a principal, retirando o estigma da condição.
O termo denota, também, que somos sujeitos de direitos como qualquer cidadão. Termos como “pessoa portadora de deficiência” ou “portador de necessidades especiais” não devem ser usados, uma vez que a palavra “portador” indica algo transitório e que pode ser abandonado. A deficiência também não pode ser confundida com uma “necessidade especial”, já que idosos e pessoas obesas, por exemplo, também possuem necessidades especiais em razão de sua condição.
Vamos usar no cotidiano essa terminologia?
PS. Terei um prazer imenso em receber teu feed-back sobre artigos postados aqui nesse espaço, comentários, críticas construtivas e dúvidas que possam, quem sabe, gerar uma boa ideia para novos artigos. Obrigada!!!