A Belterra Agroflorestas, startup brasileira, sediada em Curitiba, com projetos na Amazônia e Mata Atlântica, esteve entre as finalistas na cerimônia de entrega do prêmio The Earthshot Prize to Protect and Restore Nature, que aconteceu hoje (07/11), em Singapura.
O Prêmio The Earthshot é uma iniciativa global, criada pelo Principe William, de Gales e promovido pela Royal Foundation, que visa reconhecer e premiar soluções inovadoras que contribuam significativamente para a proteção e restauração do nosso planeta.
A Belterra concorreu na categoria Protect & Restore Nature, com duas outras iniciativas: Ación Andina, que atua na região da Cordilheira dos Andes, em países da América do Sul e Freetown: a cidade da árvore, de Serra Leoa.
Fundada por Valmir Ortega, ex funcionário do governo brasileiro, com um longo currículo de atuação ambiental no país; a Belterra faz parceria com pequenos e médios proprietários rurais, fornecendo-lhes apoio e incentivos para ajudá-los a adotar práticas regenerativas.
O seu trabalho tem como objetivo a proteção das florestas, a geração de renda para as famílias do campo e o desenvolvimento de formas sustentáveis para produzir cacau, mandioca, banana e outras culturas essenciais.
A startup também conecta agricultores com parceiros comerciais para criar novos mercados e clientes para suas culturas, garantindo que sustentabilidade e rentabilidade andem de mãos dadas.
A vencedora nesta edição, no entanto, foi a Acción Andina, Fundada pelas organizações sem fins lucrativos Global Forest Generation e Asociación Ecosistemas Andinos. A iniciativa fornece recursos críticos, incluindo apoio salarial, gestão financeira e de projetos, bem como formação técnica para líderes conservacionistas locais, organizações e comunidades para desenvolverem atividades de proteção e restauração de terras a longo prazo.
“A Ación Andina é um projeto incrível e estamos honrados em participar entre iniciativas genias de grande impacto social e ambiental. A Belterra, como finalista, já ganhou nove meses de aceleração, o que já é um prêmio maravilhoso. Essa conquista é resultado do trabalho conjunto de toda a equipe da Belterra” fez questão de lembrar, Valmir Ortega.
Marcelo Pereti, sócio da Belterra, que também esteve na premiação em Singapura, detaca: “Tivemos uma exposição incrivel, conexões, possibilidade de investimentos. Nossa tese foi validada por varias pessoas com quem falamos. Somos escalaveis e vamos para a meta de implantar florestas produtivas em milhões de hectares!!
Os 15 finalistas do The Earthshot Prize, 2023, passam agora a fazer parte do Earthshot Fellowship, programa de aceleração de nove meses, que visa ajudar as iniciativas selecionadas a impulsionar o seu crescimento, desbloqueando novas oportunidades financeiras, de networking e de parceria.
Sobre a Belterra
Atualmente, além da sede administrativa em Curitiba, a Belterra possui operações no Pará, Bahia, Mato Grosso, Rondônia, Piauí e Minas Gerais, trabalhando com a recuperação florestal em pontos da Amazônia e Mata Atlântica.
Ja implantou 2.000ha de agroflorestas em 5 estados, auxiliando na preservacao de 20.000ha. Esta atualmentr construindo 3 viveiros de mudas que serao a base da expansao da empresa para o plantio de 40.000ha. Possui no Brasil como principais parceiros o Fundo Vale, Cargill e a Good Energies Foundation.
A seleção da Belterra Agroflorestas como uma das cinco finalistas do Prêmio The Earthshot Prize to Protect and Restore Nature em 2023 é um testemunho do impacto significativo que a empresa tem tido no cenário ambiental.
“A solução da Belterra para anos de má gestão da terra e desmatamento no Brasil coloca as pessoas em primeiro lugar. Reconhecemos que, para restaurar e proteger eficazmente os nossos recursos naturais e o ambiente, e para enfrentar as alterações climáticas globais, devemos também considerar as necessidades dos agricultores que trabalham arduamente todos os dias para garantir que tenhamos alimentos para comer. Belterra está criando um acordo justo para os agricultores brasileiros e mostrando ao mundo que a agricultura restaurativa e regenerativa não é boa apenas para o planeta, mas também para o bolso dos agricultores.” Destaca Valmir Ortega.
Sobre o Prêmio Earthshot: Proteger e restaurar a natureza
Proteger e restaurar a natureza é um dos cinco “Earthshots” do Earthshot Prize, os objetivos simples, mas ambiciosos, que sustentam a missão de descobrir e dimensionar as soluções climáticas e ambientais mais impactantes.
Aclamado como um dos prêmios ambientais de maior prestígio da história, a iniciativa foi criada pelo príncipe de Gales em 2020 para combater as mudanças climáticas. Este ano, o anúncio dos vencedores do prêmio acontecerá em Singapura, no dia 07 de novembro.
Os finalistas do Prêmio Earthshot para Proteger e Restaurar a Natureza representam soluções notáveis e inovadoras para proteger, restaurar e desenvolver nosso ambiente natural.
Os vencedores e finalistas do Earthshot estão buscando maneiras de acabar com a caça furtiva e o tráfico ilegal de vida selvagem; criar oportunidades de emprego em conservação para comunidades indígenas e agrícolas mais próximas dos problemas de desmatamento e degradação da terra; e ampliar soluções para plantar árvores e restaurar ecossistemas naturais que ajudarão a garantir a saúde e a segurança das gerações futuras.