A Flip divulgou nesta semana todos os detalhes de sua 23ª edição, que acontece em Paraty entre os dias 30 de julho e 3 de agosto. Há um mês da Festa, as 20 mesas do Programa Principal foram divulgadas, juntamente com o Programa Educativo e outras novidades da programação.
Neste ano, a 23ª edição da Flip volta-se para as mais diversas questões, tanto as do passado que reverberam no presente quanto as mais atuais. Elas são abordadas com sensibilidade por meio da força da linguagem de algumas das vozes mais potentes da literatura nacional e internacional. Ao mesmo tempo, a Flip celebra, em 2025, a poesia e a própria língua portuguesa a partir do autor homenageado desta edição, Paulo Leminski, escritor que, dedicado à arte da palavra, soube unir como poucos o erudito ao popular em sua vasta obra.
Na 23ª Flip, a poesia da língua e as múltiplas formas de narrar – do ensaio ao jornalismo, do romance ao poema, passando por todas as mesclas de gêneros textuais – revelam as inúmeras maneiras de traduzir em palavras a experiência de estar no mundo. Em Paraty, a Festa ganha novos contornos com a estreia do Palco Caprichos e Relaxos, dedicado à poesia, e com o Palco da Praia, onde se apresentam as mais diversas manifestações culturais paratienses e da região da Costa Verde.
Os ingressos para assistir às mesas no Auditório da Matriz presencialmente começam a ser vendidos em nosso site a partir de 27 de junho. Paratienses podem adquirir ingressos com antecedência na sede da Paraty Tours entre 24 e 26 de junho, saiba como aqui.
Programa Principal da 23ª Flip
O Programa Principal é composto por vinte mesas literárias, com autores nacionais e internacionais, e curadoria literária, em 2025, de Ana Lima Cecilio. Acontece no Auditório da Matriz e é transmitido ao vivo no Auditório da Praça, pelo nosso site, no YouTube da Flip e pelo canal Arte1.
Antenado com o fenômeno de formação de leitores através da poesia e com uma geração nova de autores que vêm abraçando o estilo, o Programa Principal deste ano resgata características de inovação e frescor do próprio autor homenageado, Paulo Leminski, para construir mesas que investigam com profundidade a beleza, o lirismo e o impacto dessa forma literária na língua portuguesa. Alice Ruiz, Claudia Roquette-Pinto, Lilian Sais, Marília Garcia e Sergio Vaz são alguns dos poetas convidados que integrarão as mesas do Programa Principal.
Ao mesmo tempo, com o olhar atento ao presente, a programação também se volta para temas relevantes nos cenários nacional e internacional, como o meio ambiente, a crise climática, as guerras e a derrocada da democracia. Dentre outros, alguns dos autores que elaboram essas questões com a força e a sensibilidade da linguagem são Cristina Rivera Garza, Ilan Pappe, Nei Lopes e Rosa Montero.
Quarta-feira, 30 jul, às 19h
Mesa 1 – Essa noite vai ter sol
Arnaldo Antunes
O músico e poeta Arnaldo Antunes fala sobre Paulo Leminski entre a prosa, a poesia e a música, atualizando seu legado para compreendermos a importância de um autor que pensou a língua e suas possibilidades com tanto engenho e alegria.
Quinta-feira, 31 jul, às 10h
Mesa 2 – Caprichos e relaxos
Fabrício Corsaletti + Lilian Sais
Mediação: Tarso de Melo
Dois poetas que caminham muito bem entre a poesia e outros gêneros – o romance, a crônica – e que entendem a poesia não só como um exercício espontâneo, mas também desenhado com capricho para criar um projeto que faça sentido.
Quinta-feira, 31 jul, às 12h
Mesa 3 – Tristes tramas
Anabela Mota Ribeiro + Neige Sinno
Mediação: Rita Palmeira
A partir de prosas estonteantes, o reconhecimento de um lugar de dor e de transformação de que só as mulheres são capazes, para produzir a partir daí liberdade, desejo, escolha e autonomia.
Quinta-feira, 31 jul, às 15h
Mesa 4 – A casa, o mundo
Alia Trabucco Zerán + Lilia Guerra
Mediação: Micheline Alves
O trabalho doméstico, com sua marca de violência e desigualdade social, é uma das heranças mais nefastas da escravidão na América Latina, e é tema dessas duas autoras tão diferentes, que foram capazes de tratar do tema com brilhantismo.
Quinta-feira, 31 jul, às 17h
Mesa 5 – Todas as formas
Mar Becker + Monique Malcher
Mediação: Nanni Rios
Em expressões muito distintas, a poesia e a prosa, a doçura e a crueldade, duas autoras com uma força narrativa impressionante se encontram na construção das possibilidades de uma nova literatura brasileira.
Quinta-feira, 31 jul, às 19h
Mesa 6 – A extraordinária vida comum
Pedro Guerra + Sandro Veronesi
Mediação: Gabriela Mayer
Com a matéria-prima dos dias comuns, usada por esses autores, é possível construir a literatura mais genuína, com humor, melancolia e o reconhecimento da fragilidade e da maravilha da vida.
Quinta-feira, 31 jul, às 21h
Mesa 7 – Pequenos países, grandes movimentos
Gaël Faye + GauZ’
Mediação: Adriana Ferreira Silva
Do Burundi e da Costa do Marfim à França, dois autores que encarnam o tema da imigração com tudo que ele mobiliza: a nostalgia, o encontro com o inesperado, a adaptação e, sobretudo, a construção de uma identidade no movimento.
Sexta-feira, 1 ago, às 10h
Mesa 8 – Vide o verso
Alice Ruiz + Claudia Roquette-Pinto + Marília Garcia
Mediação: Fernando Luna
Poesia é música, contemplação, ensaio. Poesia dá ritmo, ajuda a pensar, mostra o mundo. Essas três poetas de gerações diferentes têm caminhos singulares e ajudaram a construir o panorama da poesia brasileira como conhecemos hoje.
Sexta-feira, 1 ago, às 12h
Mesa 9 – O Brasil no espelho
Tiago Rogero + Ynaê Lopes dos Santos
Mediação: Juliana Borges
Dois dos mais importantes pensadores da questão racial no Brasil trazem à luz nossa pior herança, mas também a possibilidade de um acerto de contas decisivo para a construção de um país mais justo.
Sexta-feira, 1 ago, às 15h
Mesa 10 – Tudo que desabrocha
Giovana Madalosso + Liv Strömquist
Mediação: Nanni Rios
Pensar os relacionamentos, o papel da mulher, os modos de estar no mundo são interesses dessas duas autoras, pensadoras da vida contemporânea, cada uma com sua forma especial de expressão.
Sexta-feira, 1 ago, às 17h
Mesa 11 – Breve história do longo conflito
Ilan Pappe
Mediação: Arlene Clemesha
Um dos intelectuais mais relevantes que pensam o conflito na Palestina tem muito a dizer não apenas sobre a origem e os motivos da guerra, mas também sobre o que ela diz sobre a organização do mundo político hoje.
Sexta-feira, 1 ago, às 19h
Mesa 12 – O lugar da floresta
Marina Silva
Mediação: Aline Midlej
Com mais de quatro décadas de militância e vida pública, Marina Silva é referência para diferentes gerações e conquistou um lugar de destaque como uma das personalidades mais importantes do mundo na luta pela preservação do meio ambiente. Ouvir sobre a sua trajetória é compreender profundamente a necessária resistência às políticas de devastação e compreender o papel do Brasil em ano de COP 30.
Sexta-feira, 1 ago, às 21h
Mesa 13 – Palavras: vida e obra
Gregorio Duvivier
Um passeio performático pela vida íntima das palavras, esses seres fantásticos que nascem e morrem todos os dias e, entre uma coisa e outra, transam, trabalham, brigam, se divertem.
Sábado, 2 ago, às 10h
Mesa 14 – Senhora Liberdade
Nei Lopes
Mediação: Luiz Antonio Simas
Maior estudioso da diáspora africana do Brasil, Nei Lopes é um intelectual imprescindível, escritor fértil e sambista fenomenal. Em conversa com Luiz Antonio Simas, fala de sua trajetória que se confunde com a história de um país que há séculos tenta se entender.
Sábado, 2 ago, às 12h
Mesa 15 – Ser mulher na América Latina
Dahlia de La Cerda + Dolores Reyes
Mediação: Gabriela Mayer
Do México à Argentina, retratos de mulheres que, a despeito da violência e da crueldade, se mobilizam em amizade, amor e luta para construírem as próprias identidades.
Sábado, 2 ago, às 15h
Mesa 16 – Pertencer, transformar
Astrid Roemer + Verenilde Pereira
Mediação Adriana Ferreira Silva
Duas escritoras veteranas narram as histórias de mulheres que, na luta pela liberdade, enfrentam a sociedade e a história de seus países como marcas de violência em seus corpos e suas vidas.
Sábado, 2 ago, às 17h
Mesa 17 – Invenção, memória
Cristina Rivera Garza + María Negroni
Mediação: Guilherme Freitas
Subverter os gêneros literários, propor formas renovadas de literatura, resgatar a memória sempre viva e inventar realidades para acertar as contas com o passado: na experiência de duas escritoras geniais, nascem novas possibilidades de expressão.
Sábado, 2 ago, às 19h
Mesa 18 – A ridícula ideia de estar lúcida
Rosa Montero
Mediação: Paulo Roberto Pires
Celebração de uma das escritoras mais originais e engenhosas da atualidade que, ao mesclar ficção e realidade, inventa um jeito todo próprio de pensar o mundo, a literatura, a criação artística e a possibilidade de transformação.
Sábado, 2 ago, às 21h
Mesa 19 – Roçar a língua de Camões
Caetano Galindo + Ricardo Araújo Pereira
Mediação: Janaisa Viscardi
Unir dois pensadores da língua, um de cada lado do oceano, para entender que o nosso idioma se constrói a cada dia com movimento, humor, aprendizado, mistura e malemolência.
Domingo, 3 ago, às 10h
Mesa 20 – Mesa Zé Kleber: Espalhar poesia
Luiz Perequê + Sergio Vaz
Mediação: Juliana Borges
Duas lideranças poéticas, para quem a poesia deve chegar até as pessoas, plenamente vestida do seu papel transformador, político, libertário: uma festa das palavras.
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