O presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca o papel estratégico dos pequenos negócios no cenário da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de elevar as tarifas sobre produtos brasileiros em 50%, a partir de 1º de agosto de 2025.
“Os pequenos negócios catarinenses, como de todo Brasil, são resilientes e são os primeiros a responder positivamente”, afirma.
Décio Lima avalia que é hora de mostrar a grandeza econômica brasileira.
“O Brasil e Santa Catarina são muito maiores do que uns agravante de fronteiras. E a pequena economia catarinense vem mostrando isso. Portanto, vamos firmes, enfrentar as adversidades. O Brasil marca, neste momento, um processo muito importante, que é a nossa soberania, pois somos um país de patriotas, que defende o seu povo, sua gente e a nossa própria história. Nós precisamos é acreditar em nós mesmos, acreditar na economia de Santa Catarina, na nossa capacidade de resiliência e de gerar mudanças”, afirma Décio Lima.
Décio Lima exemplificou a situação do pescado, que será impactado pelo tarifaço. Na avaliação dele esta é uma oportunidade da abertura do mercado para Europa.
“Precisamos aproveitar este momento e expandir as possibilidades e isso significa trabalhar com outros mercados, como o Europeu, por exemplo. Precisamos ser otimistas, ter consciência da grandeza do nosso país”, afirma.
“Os pequenos negócios catarinenses se destacam e tornaram o nosso estado em referência no empreendedorismo”, lembra Décio Lima.
Somente neste primeiro semestre, os pequenos negócios catarinenses foram responsáveis pela geração de quase 60% dos empregos. Até agora, já foram abertas 2,6 milhões de micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais em todo país. Em Santa Catarina foram 151.714 pequenos negócios.
Pequenos negócios na exportação
O segmento da micro e pequena empresa representa 40,5% das empresas exportadoras brasileiras, totalizando 11.432 empresas em 2024. As Américas são o caminho mais natural para inserção desse segmento. Hoje, 68% das exportações dos pequenos negócios são para as Américas (28% América do Sul, 24% América do Norte e 7% América Central e Caribe).
O presidente do Sebrae lembra que, nos últimos anos, houve um crescimento significativo no acesso dos pequenos negócios ao mercado internacional. Levantamento do Sebrae mostra que, entre 2014 e 2024, o número de pequenos negócios exportadores cresceu 112% (de 5,4 mil para 11,4 mil) e o valor exportado deu um salto de 130% (de US$ 1,15 bilhão para US$ 2,6 bilhões).
